domingo, 26 de junho de 2011

Em cena: eu, Olga, me confesso...

Se há quatro meses me dissessem, que viria a fazer um curso de Teatro, podem ter a certeza que "juraria a pés juntos" que estava tudo louco! Mas como bem se sabe "elas caem-nos todas em cima" - elas, as coisas que "somos capazes de jurar" que "nem que a vaca tussa..."
Nããããã, também não era assim, só que nunca me imaginaria a pôr os pés do lado de dentro (já enquanto jornalista palmilhei "muitos bastidores"...).
A verdade é que as voltas da vida levaram-me à ACT-Escola de Actores para uma conversa fantástica com a Patrícia Vasconcelos e Elsa Valentim.
Passadas poucas semanas,"tungas"... lá estava eu a confrontar-me com os meus "mais de 45", num Curso de Iniciação ao Teatro onde se juntou um grupo dentro dessa faixa etária, com vontade de esgravatar nas coisas da vida. Desde Abril até agora, Marta Fernandes, jovem actriz e professora de Teatro, e outras seis aventureiras com "mais de 45" e as mais díspares profissões e experiências fizeram o favor de engrandecer os meus sábados e o meu universo interior - tão mais enriquecido, agora...
Mas acabou-se - por enquanto, pelo menos. Ontem, abrimos a última aula para mostrarmos a alguns dos nossos os exercícios que estavamos a fazer com textos retirados da "Avalanche" (Ana Bola) e de "As Três Irmãs" (Anton Tchekhov). Durante três dias fui Olga, a mais velha do trio moscovita do início do século passado, e tive a alegria de contracenar com a Joana, na pele de Irina, e a Isabel, como Macha. Que delícia!
Quero aqui deixar um imenso obrigada a todas, em particular à Marta, pela paciência, sabedoria, sensibilidade e entusiasmo, e às minhas "irmãs" Joana (com quem passei horas de grande empenho em empatia à roda do texto), e Isabel. Mas não esqueço a Rosário, a Myriam, a Carmo e a Zélia (cuja paixão pelo Teatro a fez viajar todos os fins de semana do Algarve para estas aulas).
Vai fazer-me falta ir a caminho da LX Factory ao sábado cedinho, para aprender retalhos dessa Arte maior. Diverti-me muito, muito, mesmo quando era mais difícil sair "dos meus espartilhos", ou até por isso, afinal.
Finalmente, quero agradecer acima de tudo a um dos meus maiores anjos da guarda que me guiou para este passo...