Dizias-me há dez dias: "Eu vou ficar boa para [...] para ir contigo à praia." Foste-te embora na sexta-feira Santa e ficaste bem melhor, querida. Ontem, domingo de Páscoa, renasceste. E hoje, Bélinha, esticamo-nos na areia e demos o primeiro mergulho deste ano, aqui em S. Pedro, sob um Sol suave...
Estivemos envolvidas nas boas energias da Natureza que tu tanto amavas e defendias, no mesmo dia em que te vamos fazer uma homenagem muito especial...
E no Dia da Liberdade... "faz sentido" ?! (roubo-te a interrogação retórica...) Faz sentido, claro, porque tu regeste os teus dias por padrões de justiça e de solidariedade. Rezinguenta que se farta, mas um dos maiores corações que eu já conheci na vida...
Eras tão inconformista na vontade de assistir a um mundo melhor que, contava ontem a tua mãe, quinta-feira no hospital proclamavas que "os enfermeiros deviam ser mais bem pagos", e dois dias depois estavamos entre amigos a recordar a tua "vocação de casamenteira"... Eis duas faces da tua forma de estar na vida: a reivindicar e a fazer os outros felizes.
Fizeste do amor ao próximo a tua maior bandeira!
Vamos todos continuar essa tua caminhada, querida.
Deixaste muitas sementes!
Andei louca à procura de uma fotografia que te tirei na praia do Meco há mais de uma dúzia de anos, mas... estas memórias têm que ser mais bem arrumadas :-(. Resolvi, então, publicar esta que data de 8 de Janeiro deste ano - gostavas pouco do olhar da máquina, mesmo assim ilustraste um "tásse" de surfista que te era tão característico. Foi mesmo "à bocadinho"...
Querida Bélinha, obrigada! Até já.
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